Para Ángel Cervantes, o autor do texto, como certamente para muitos outros aficionados, a quietude é um dos conceitos mais valorizados no toureio dos nossos dias. Uma mão cheia de matadores importantes, como José Tomás, Miguel Ángel Perera, Alejandro Talavante, Sebastián Castella e outros, fazem da quietude o condimento essencial das suas lides. Imóveis, indiferentes ao furor do adversário, ligam passes num palmo de terreno. Tanta firmeza desperta a emoção do público e, naturalmente, o aplauso. Mas, questiona Ángel Cervantes, o que é feito da naturalidade? Porque além de cultivar o imobilismo, um toureiro deve também saber andar na cara do touro. Com elegância e sentido estético. Com arte.
E o que é a naturalidade para Ángel Cervantes? É a falta de artifício; a falta de afectação; a falta de cerimónia. Tudo qualidades que Pepe Luis, a quem chamaram o Sócrates de San Bernardo, possuía como poucos. Onde páram, hoje, estes conceitos? (Apunte de Venancio González Garcia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário