Entre os espectadores que assistiram à morte de Granero encontrava-se o escritor francês Georges Bataille (1897-1962). O dramático sucesso está presente no seu livro «História do Olho», uma obra de um erotismo violento, onde amor e morte, céu e inferno se cruzam e contaminam, colocando o autor ao lado dos grandes escritores libertinos, como Sade ou Masoch. «Campos de análise» de Bataille são, entre outros, «a cosmogonia do desespero, a alucinação acesa e amarga da solidão absoluta», escreve José Carlos González, que em 1988 traduziu a obra para a editora Livros do Brasil. «A 7 de Maio de 1922, La Rosa, Lalanda e Granero deviam tourear na praça de Madrid. Com Belmonte no México, Lalanda e Granero eram os grandes matadores espanhóis»...
segunda-feira, 23 de março de 2009
«História do Olho» ou a tragédia de Granero em livro
Manuel Granero foi uma das grandes esperanças do toureio dos anos 20. Pelas suas qualidades, o diestro valenciano era visto como o mais sério candidato ao trono deixado vago por Joselito, após a sua trágica morte em Talavera de la Reina. Com Chicuelo, Marcial Lalanda e outros, Granero traçava a nova linha do toureio, iniciada por Belmonte e confirmada por Joselito. Mas a fatalidade não lhe permitiu voar alto. A 7 de Maio de 1922, em Madrid, Granero é ferido mortalmente pelo touro Pocapena, do duque de Veragua. A colhida foi impressionante: o corno de Pocapena penetrou no olho direito do toureiro, matando-o em poucos minutos.
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