À esquerda, Rogério Perez, El Terrible Perez, jornalista e crítico taurino; à direita Mário de Sá-Carneiro, poeta; ao centro, Gilberto Rola. A foto, publicada no nº 117/118 da revista «Colóquio/Letras» (Setembro de 1990), data dos primeiros anos do século passado (Sá-Carneiro nasceu em 1890 e suicidou-se em 1916), e mostra que os interesses e as amizades de El Terrible Perez excediam o mundo taurino. No nº 7 da «Contemporânea», revista de artes e letras notável pelo seu grafismo, encontramos um seu «Discurso» num banquete da revista, em que evoca, de passagem, a sua amizade com Sá-Carneiro. Mas Rogério Perez (1890-1979) distinguiu-se sobretudo como crítico de touros, nas colunas do «Diário de Lisboa». E logo aquele «que mais viveu as entranhas do mundo taurino, e mais conhecido se tornou das figuras grandes do seu tempo» (Solilóquio, «Memórias de um bilhete de sol»). Essas figuras foram muitas, desde os Gallos, Rafael e José, a Juan Belmonte, de Gitanillo de Triana a Pepe Luis Vazquez e deste a Manolete. Foi representante em Portugal do rejoneador Antonio Cañero e organizou, em 1933, corridas com touros de morte, no Campo Pequeno. Destacou-se também pelas reportagens que fez em Espanha, antes e durante a guerra civil, ao serviço do «Diário de Lisboa». Rogério Perez reuniu as suas memórias no livro «Meio século a ver touros» (Ed. Marítimo-Colonial, 1945).
terça-feira, 17 de março de 2009
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