Ei-lo. De chapéu de coco, gravata e sobretudo, na capa da revista americana «Time», de 5 de Janeiro de 1925. Juan Belmonte, o toreador, the national champion bull-stabber, o campeão nacional dos matadores de touros. Belmonte estava de passagem por Nova Iorque, a caminho do Perú. Em Manhattan, nota a «Time», aquele a quem chamaram o Pasmo de Triana passou despercebido; no Perú, pelo contrário, a sua chegada foi motivo de feriado nacional.
No artigo que dedica ao toureiro, a «Time» mostra porque já nessa altura era uma das melhores publicações do mundo. Num estilo escorreito, o jornalista traça o retrato de Belmonte, destacando a sua rivalidade com Gallito, e descreve aos leitores o essencial sobre a profissão de toureiro e a actividade tauromáquica - o «desporto nacional» espanhol. Um dos seus poucos deslizes(?) é o de chamar capeman ou capaderos aos peões de brega. A atenção da «Time» prova a força mítica de Juan Belmonte e a enorme popularidade de que já em 1925 gozava. Acarinhado por intelectuais e artistas, idolatrado por uma imensa falange de aficionados, a fama do trianero tinha chegado à América.
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