quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Gosta de corridas de toiros? Saiba defendê-las. Não gosta? Saiba compreendê-las


É esta a epígrafe do último livro de Francis Wolff, «50 Razones para Defender las Corridas de Toros», distribuído gratuitamente com a edição de ontem, 24 de Fevereiro, da revista espanhola «6 Toros 6»,  à venda em muitos pontos do nosso país. Francis Wolff, recorde-se, é um filósofo francês - professor catedrático na Universidade de Paris- que se tem distinguido na reflexão sobre o fenómeno taurino e na sua defesa com base em pressupostos filosóficos.
Nas suas 90 páginas, a obra recolhe, de forma «sintética e acessível», 50 argumentos que contrariam as teses dos alegados «defensores» dos animais. Por exemplo, à questão «as corridas de toiros são tortura?», Wolff responde: «as corridas não têm como objectivo fazer sofrer um animal»; «as corridas não teriam nenhum sentido sem a luta do toiro»; «as corridas não teriam nenhum sentido sem o risco de morte do toureiro»; «se um toiro fosse torturado fugiria»; «falar de tortura não é confundir o homem com o toiro?»
Seguem-se muitas outras respostas a interrogações como o sofrimento do toiro; a morte do toiro; os toiros e o meio ambiente; a corrida como espectáculo; a festa de toiros na cultura e na história; a corrida e os valores humanistas; a festa de toiros é criadora de inestimáveis valores estéticos e, por último, os perigos do animalismo.
Há uma referência a Portugal, quando se pergunta se seria possível não matar o touro em público, como prescreve a lei portuguesa. A morte pública, salienta o filósofo, é um «fim necessário da cerimónia sacrificial» que o toureio constitui. Uma morte «ocultada» seria mais cruel para o animal. «Um toiro que sai vivo do ruedo terá que esperar várias horas antes de ser levado para o matadouro (...) A única beneficiada desta solução seria a hipocrisia: o que não se vê não existe».
«Quem são os bárbaros?», pergunta Francis Wolff em jeito de conclusão. Os aficionados ou «os antitaurinos que, em nome do (suposto) bem-estar dos animais, que consideram superiores aos seres humanos, pretendem matar uma forma de arte e criação arreigada na história e inserida na nossa modernidade»?
«50 Razones para Defender las Corridas de Toros», que merece tradução urgente para português, é um inestimável breviário da filosofia da Festa e um precioso instrumento de defesa contra os que a pretendem agredir.

2 comentários:

José Trincão Marques disse...

Em Portugal, onde podemos comprar esta revista?

alberto franco disse...

Pode ser comprada em agumas lojas de revistas de Lisboa e do sul do país, nomeadamente no Ribatejo e Alentejo.