segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Arles debate o movimento antitaurino

Realiza-se a 30 de Janeiro, na cidade francesa de Arles, uma conferência intitulada «O movimento antitaurino - raízes e questões do animalismo contemporâneo», por iniciativa da Societé d'Etudes et de Recherches sur les Tauromachies Européennes (SUERTE). Coordenada por Annie Maillis e Francis Wolff, a conferência propõe-se reflectir sobre a nova argumentação contra as corridas de toiros. «A corrida sempre teve os seus detractores», lê-se no texto de apresentação do acto. O que é novo são os argumentos em nome da defesa dos animais. «Essa defesa é por vezes expressão de uma sensibilidade respeitável: mas ela formula-se muitas vezes em argumentos pretensamente 'ecológicos' ou juízos moralizadores baseados no ddeesconhecimento da ética tauromáquica e da natureza do touro de lide». Com efeito, o animalismo contemporâneo consiste «não em ter uma conduta respeitosa para com os animais, mas em confundi-los a todos com inofensivos animais de companhia, transformados em puros objectos fetichizados. Pode dizer-se que quanto mais os animais são amados, menos são conhecidos». Eis algumas perguntas a que a conferência tentará responder: ««Que aspectos históricos, míticos e simbólicos da animalidade se ocultam nos movimentos animalistas, cada vez mais numerosos e diversos? O animalismo é um 'progresso moral' ou comporta riscos éticos que é necessário avaliar? Porque é que a defesa da corrida é também uma defesa da natureza humana?» O programa do evento pode ser consultado aqui.

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