quarta-feira, 30 de março de 2011

quinta-feira, 3 de março de 2011

Pepín Martín Vázquez (1927-2011)

Para uma apreciação do grandioso toureiro há poucos dias desaparecido, nada como ler Domingo Delgado de la Cámara.

quarta-feira, 2 de março de 2011

De Henrique Rego a El Espartero, passando por Gallito e Marceneiro

                                   
Completaram-se há dias 120 anos sobre o nascimento do grande fadista Alfredo Marceneiro. Muitos dos seus fados foram escritos pelo poeta popular Henrique Rego, seu compadre, e transformados em sucessos pela inimitável voz de Marceneiro. De Henrique Rego (1885-1963) é o fado «Sangue na Arena», gravado por Rodrigo. É um fado de tema taurino, inspirado na morte do diestro Manuel García, El Espartero, colhido pelo touro Perdigón, de Míura. As quintilhas do poeta são fiéis ao imaginário tauromáquico que preside a este género de composições: uma tarde soalheira de domingo; rosas que caem na arena atiradas por belas mulheres; touros bravos e fortes; um espada garboso, viva silhueta dum gladiador romano, mas que no final é vencido pela morte. O fado contém apenas uma incongruência. É a referência à praça de Talavera como cenário da desgraça de Espartero («Domingo de Primavera/Belo, festivo e risonho/A praça de Talavera vibrava de amor e sonho»). Com efeito, Manuel García morreu na arena de Madrid, em 1894. Quem morreu em Talavera de la Reina foi, sim, José Goméz Ortega, Gallito, corria o ano de 1920. Em data que se desconhece, Henrique Rego terá sabido da morte de um famoso toureiro em Talavera, e, no seu afã de o homenagear, tê-lo-á confundido com El Espartero. Fica a intenção do talentoso poeta e um fado que consagra o toureiro como herói popular. (Na imagem, Henrique Rego)