sábado, 20 de março de 2010

Não haveria Perera sem Ojeda



Figuras como José Tomás, El Juli, Miguel Ángel Perera e Sebastián Castella praticam um toureio de quietude e verticalidade, feito de passes ligados num palmo de terreno. A sua técnica é o resultado de muitos anos de depuração do toureio, de aprofundamento do conhecimento do touro e dos seus terrenos. E também de «afinação» da bravura, que permite que o toureiros de hoje se coloquem em terrenos dantes considerados inverosímeis. Não haveria Tomás ou Perera se não tivessem existido Belmonte - dos primeiros a pisar terrenos «proibidos»-, Manolete - com o seu dramático estatismo -, El Cordobés - uma técnica prodigiosa, apesar dos impulsos clownescos- ou Paco Ojeda - a quietude, a ligação e o arrojo vestidos de luces. De Ojeda é esta faena na praça francesa de Dax, em Agosto de 1987, a um pupilo de Zalduendo, bronco e perigoso. Observe-se o valor de Ojeda perante a brusquidão e o constante cabecear do touro, sem uma dúvida, sem uma hesitação... E o alarde final, com o touro e o público rendidos ao poderio do toureiro de Sanlúcar.(Imagens:phiphi64)

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