sexta-feira, 22 de maio de 2009

89 anos depois de Talavera

Assinalou-se no passado dia 16 de Maio o 89º aniversário da morte daquele a quem chamaram o Rei dos Toureiros: José Gómez Ortega, Joselito. Uma vez mais, a efeméride foi pretexto para a evocação de factos relacionados com a vida do imenso Gallito, e particularmente com a sua trágica morte em Talavera de la Reina. O blogue Cordoba Taurina dedica ao assunto um interessante post, no qual se recordam as circunstâncias que levaram Joselito, naquele dia de Maio, a tourear na arena talaverana.
Na temporada de 1919, recorda o blogue, o influente Gregorio Corrochano, crítico taurino do ABC, parece tomar o partido de Juan Belmonte, o que deixa Gallito profundamente irritado. Chega a temporada seguinte, e José faz tudo para cair novamente nas boas graças do crítico. Almoçam juntos em Madrid, e Corrochano informa-o de que uns primos seus estavam a organizar uma corrida por ocasião da feira de Talavera de la Reina, terra natal de D. Gregório. Os touros a lidar eram duma ganadaria que se anunciava com o nome de Viúva de Ortega, mas que pertencia aos parentes de Corrochano.
Para agradar ao crítico, Joselito oferece-se para lidar a corrida, sendo contratado pelo preço de 5000 pesetas. A 16 de Maio de 1920, vestido de grana y oro, ao lado do seu cunhado Sánchez Mejías, faz o paseíllo em Talavera.
O touro que o matou, Bailador, acusava problemas de visão. Tal podia dever-se a um problema congénito ou ao facto de os ácidos provenientes dos aparelhos digestivos dos quatro cavalos que o touro matou no tércio de varas, lhe terem afectado as faculdades visuais. Certo é que, num momento em que Gallito se afasta para armar a muleta, Bailador arranca e colhe mortalmente o famoso diestro. «O destino marcado havia-se cumprido», termina o post do Córdoba Taurina.

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