sevilhanos do início dos anos 80. E o caso não era para menos: Pepe Luis Vázquez Silva era filho do imenso Sócrates de San Bernardo, um dos mais perfeitos intérpretes do toureio natural, perfumado pelas florituras do duende, que dá fama à capital andaluza. Depois de uma alternativa de sonho - concedida por seu tio Manolo Vázquez, com o apadrinhamento de Curro Romero, em 1981 -, o jovem Pepe Luis não cumpriu as expectativas. Era (é) um toureiro de detalhes, de mão feita para os lentos voos da muleta, e não para a agressividade da estocada. Depois de faenas de arte pura, muitas orelhas se lhe foram por falhar com a espada. Embora não se tenha retirado oficialmente, os contratos foram decaindo. Pepe Luis Vázquez deixou de aparecer nos cartéis, dedicou-se ao ensino, na escola taurina de Sevilha, e a tourear em festivais. A revista «Taurodelta», da empresa que rege a praça de Las Ventas, entrevistou-o no seu último número, revelando um homem de vincada personalidade. Um toureiro de inspiração, sem a capacidade «fuera de lo normal» dos diestros de hoje, que «pegan pases a todos los toros». Toureiro na praça e en la calle, a quem alguém, vendo-o pedalar pelas ruas de Sevilha, disse: «hasta montado en bicicleta tienes arte». (Foto: ambitotoros.blogspot.com)
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