Maoliyo conquistava o público mais pelos alardes de valentia do que pela graciosidade do seu toureio. Quando lhe recordavam os riscos a que se expunha, costumava retorquir com uma frase que ficou célebre: «Mais cornadas dá a fome!» Na corrida de Lisboa, El Espartero «não pôde ser devidamente apreciado», lastimava D. Izidro, nas páginas da revista «A Trincheira». O crítico, que deu ao seu apontamento a forma de crónica musical, assinala que «Espartero, com a muleta, fez-nos ouvir um escolhido trecho cremos que sobre a canção do Toreador da Carmen, sobressaindo em dois dós de peito, terminado com uma fífia ao simular um volapié. (…) Reconheceu-se, ainda assim, que possui uma bela voz.» A temeridade de Manuel García ditou-lhe a morte, passados dois anos. Em 27 de Maio de 1894 tomba na praça de Madrid, vítima do touro Perdigón, de Miura.
O caricaturista Rafael Bordalo Pinheiro, na sua revista «O António Maria», reportou a passagem de El Espartero por Lisboa, poucas semanas após a inauguração da praça do Campo Pequeno. Perante o escasso poder das reses de Estêvão de Oliveira, o diestro exclama: «Me dá verguenza».
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